11 de set. de 2024

MORTE NO NILO - Agatha Christie

Editora: HarperCollins

Ano: 2018

Páginas: 256

ISBN: 9788595080645


Sinopse: Bela, rica e inteligente, a jovem herdeira Linnet Ridgeway parece conseguir tudo o que quer. No entanto, quando rouba o noivo de sua melhor amiga e se casa com ele sem pensar duas vezes, talvez Linnet esteja indo longe demais... Em sua viagem de lua de mel num cruzeiro pelo rio Nilo, no Egito, o casal apaixonado se depara com uma série de antagonistas interessados em sua fortuna e em provocar sua infelicidade. Então Linnet é encontrada morta, com um tiro na cabeça. O detetive Hercule Poirot, que por acaso também estava no navio, entra em ação para tentar montar mais esse quebra-cabeça.


Li esse livro há muitos anos e não lembrava mais de nada sobre o enredo, até comecei a duvidar de que tinha realmente lido o livro. Não sabia mais quem seria a vítima de assassinato (não li a sinopse) e, muito menos, quem seria o autor. Quando a leitura chegou na parte do assassinato, tive uma vaga lembrança de já ter lido isso alguma vez.

Quem conhece o estilo de Agatha Christie, já sabe como o enredo se desenrola: ocorre um assassinato, há vários suspeitos e o detetive Poirot investiga até descobrir quem é o autor.

Como a sinopse já nos conta, a bela e rica Linnet é assassinada com um tiro na cabeça durante um cruzeiro pelo rio Nilo. Linnet estava em lua de mel. Há vários suspeitos a bordo do navio. Teria sido sua ex-melhor amiga, de quem Linnet roubou o noivo? Seria o marido? Ou o administrador da herança de Linnet? Ou os amigos invejosos? Empregados ou ex-empregados? Ladrões de jóias?

Há vários suspeitos no navio e cabe ao detetive Hercule Poirot descobrir os segredos de cada um para chegar ao culpado. Ele conversa com todos e começa a montar o quebra-cabeças.

Há ocasiões, Madame, em que o orgulho e a dignidade desaparecem submersos por emoções mais fortes.” (pág.47).

Tem razão, não se pode voltar ao passado, precisamos aceitar o presente. Infelizmente, nestes casos temos também que aceitar as consequências pelos atos cometidos.” (pág. 51)

Na primeira vez que li o livro, era uma edição antiga da biblioteca. Dessa vez, é uma linda edição em capa dura, parte de um box com outros dois livros, que comprei para minha coleção. Ainda não vi o filme, mas estou curiosa para assistir.

Sempre recomendo a leitura dos livros da Agatha Christie!

A Nenê acompanhou-me na leitura.



28 de ago. de 2024

SCARPETTA - Patricia Cornwell

Série: Kay Scarpetta – Livro 16

Editora: Paralela

Ano: 2012

Páginas: 384

ISBN: 9788565530019


Sinopse: Uma anã chamada Terri Bridges é estrangulada em seu apartamento em Manhattan e a polícia, após descobrir duas outras vítimas que morreram em circunstâncias parecidas, acredita estar lidando com um assassino em série. Oscar Bane, o namorado de Terri é o principal suspeito, mas para cooperar ele faz uma exigência: ser examinado pela famosa médica-legista Kay Scarpetta. Após decidir se envolver no caso, Scarpetta descobre que terá que trabalhar lado a lado com seu ex-colaborador Pete Marino, de quem não tem notícias desde que ele quase a estuprou. Para piorar as coisas, tudo o que aconteceu entre Scarpetta e Marino vai parar na internet, graças a um site de fofocas escrito por um colunista perverso e misterioso. Scarpetta e sua velha equipe vão ter que deixar as mágoas para trás e decifrar dois enigmas: quem é o assassino de Terri Bridges e como um colunista virtual pode saber tanto sobre suas vidas.

Esse é o 16º livro da série Kay Scarpetta. Não li todos os outros livros, por isso, fiquei um pouco perdida com alguns acontecimentos do passado, mencionados aqui. Mas, as explicações permitem ter uma ideia do que aconteceu nos livros anteriores.

O enredo central do livro é um tanto curioso: o assassinato de uma anã. E o principal suspeito é seu namorado, Oscar, também um anão.

A médica legista Kay é chamada para o caso porque o suspeito exige falar com ela. Oscar alega que está sendo seguido e ameaçado pelas pessoas que mataram sua namorada. A Dra. Kay não sabe se ele é culpado, apenas paranoico, ou se está falando a verdade.

A investigação fica mais complicada quando a equipe descobre que assassinatos do passado podem estar relacionados a este. Seria um assassino em série? Será que o culpado é Oscar?

Em meio às investigações, Kay ainda precisa lidar com seus fantasmas do passado, ao reencontrar pessoas que foram importantes na sua vida.

Não sei se o problema sou eu, mas até a metade do livro, a trama não conseguiu me prender. Da metade para o final, comecei a ficar mais focada na leitura e interessada em saber o desfecho. Os personagens estavam muito focados em suas confusões e divagações sobre a vida pessoal, fugindo, muitas vezes, do assunto da investigação. Talvez isso tenha me dispersado e tornado a leitura cansativa.

No decorrer da leitura, a autora nos dá algumas pistas sobre a identidade do assassino. A reviravolta dos capítulos finais foi interessante, mas nada muito difícil de deduzir. No geral, não achei a trama tão instigante quanto os primeiros livros da série, que iniciou com Post Mortem (resenha aqui).

14 de ago. de 2024

ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS - Lewis Carroll

Editora: DarkSide Books

Ano: 2019

Páginas: 224

ISBN: 9788594541758


Sinopse: Um coelho, uma menina e uma história capazes de fazer qualquer um de nós voltar a sonhar. Alice é despertada de um leve sono ao pé de uma árvore por um coelho peculiar. Uma criatura alva e falante com roupas engraçadas, que consulta seu relógio e reclama do próprio atraso. Curiosa como toda criança, Alice segue o animal até cair em um buraco sem fim que mudou para sempre a literatura infantil. Mais de 150 anos depois, Alice no País das Maravilhas continua repleto de ensinamentos para aqueles que ousaram seguir o Coelho Branco até sua toca. Um clássico literário, uma obra que sobrevive à passagem do tempo, e que enriquece suas possibilidades de leitura. Alice no País das Maravilhas é uma leitura que encanta crianças com sua trama, arrebata entusiastas da linguagem com seus jogos de palavras, chama a atenção dos fãs do psicodélico por seus personagens, entre tantos outros interesses que as aventuras da pequena Alice atraem.

Assisti ao filme quando criança, nunca tinha lido o livro. Lembro que o filme me marcou muito. Ler o livro agora, foi uma experiência diferente; impossível não comparar com as lembranças que tenho do filme.

Foi muito bom reencontrar o Coelho, o Chapeleiro Maluco, a Rainha de Copas, a lagarta com seu narguilé e o Gato Cheshire, claro! Foi como reencontrar velhos conhecidos, depois de muitos anos. Amigos de infância.

Lendo o livro percebi que algumas citações e frases que vemos na internet, na verdade, não são do livro.

A famosa conversa de Alice com o gato de Cheshire é verdadeira:

"- Poderia, por gentileza, me dizer para onde devo ir?

- Isso depende de aonde quer chegar.

- Tanto faz, disse Alice.

- Então, qualquer caminho serve."

Pág. 89


Esta é uma edição muito bonita, de capa dura. Além da história da Alice, também apresenta detalhes sobre a vida do autor e sobre a verdadeira Alice, que foi a inspiração para a obra. O livro ainda traz várias fotos da época e as ilustrações originais e também um poema do autor, no final.

Após a leitura, fiquei com vontade de assistir ao mesmo filme, que assisti quando criança, novamente. 

A Keké me acompanhou na leitura.



19 de jun. de 2024

ECLIPSE TOTAL - Stephen King

Editora: Francisco Alves

Ano: 1995

Páginas: 286

ISBN: 9788526503472


Sinopse: Os moradores de Little Tall esperaram trinta anos para saber o que tinha acontecido no estranho e escuro dia em que morreu o marido de Dolores Claiborne - o dia do eclipse total. A polícia agora quer descobrir o que aconteceu ontem, quando a rica e inválida patroa de Dolores morre subitamente. Sem outra escolha senão falar, Dolores faz sua confissão revelando o sofrimento contido que pode levar o coração de uma mulher ao ódio. Quando é acusada de assassinato, a tragédia está apenas começando. E o que vem em seguida somente poderia ser concebido por Stephen King. O autor revela os mais sinistros segredos e os mais abomináveis pecados dos homens e mulheres de uma cidadezinha encravada no Maine, guiando o leitor em uma viagem aos subterrâneos da vida puritana desse lugar.

Narrado em primeira pessoa, por Dolores, a princípio, parece ser uma história qualquer. Mas as histórias do King nunca são banais. Sempre tem várias camadas de profundidade.

Dolores começa narrando a sua vida em um depoimento para a polícia. Ela está sendo acusada de ter assassinado a patroa, uma milionária rabugenta. Dolores nega que matou a patroa, mas confessa que, no passado, matou o marido.

Assim, ela começa a explicar o porquê do assassinato. O leitor já percebe que o marido não era flor que se cheirasse. Mas, nos livros do King, sempre tem mais alguma coisa. O assassinato também não foi nada simples.

É um terror, então, há cenas nojentas, cenas fortes, dramáticas. Algumas revelações e reviravoltas interessantes no final.

É impossível não simpatizar com Dolores e entender seus motivos. É uma personagem muito bem construída. Não botei muita fé quando comecei a ler, mas a narrativa conseguiu me prender. Precisava saber como ela tinha feito o que fez. E o que aconteceu com a patroa dela.

Mais um livro do King que não me decepcionou. Então, vou continuar lendo!

12 de jun. de 2024

AS QUATRO ESTAÇÕES - Stephen King

Editora: Francisco Alves

Ano: 1991

Páginas: 534

ISBN: 9788526501454

Sinopse: Publicada em 1982, essa é uma compilação com quatro contos de Stephen King: Primavera Eterna, Verão da Corrupção, Outono da Inocência, Inverno no Clube. Dentre os contos temos Rita Hayworth e a redenção de Shawshank, Aluno inteligente, O Corpo e O Método de Respiração.

O livro traz quatro contos, que fazem referência às quatro estações do ano.

Primavera Eterna

Este é um clássico, que virou filme premiado: Um sonho de liberdade. Já tinha assistido ao filme; mas, ler o livro, foi uma experiência muito interessante.

Verão da Corrupção

O segundo conto é bem mais tenso, narrando o encontro entre um garoto e um velho criminoso de guerra. O garoto descobre a verdadeira identidade do criminoso e passa a chantageá-lo, ameaçando revelar a verdade a todos. O garoto, aparentemente, é um bom filho e um aluno inteligente. Mas, logo percebemos que o caráter do garoto é bastante duvidoso. Seria ele um psicopata? Será que o velho criminoso vai matar o garoto? No decorrer da leitura, ficamos cada vez mais chocados com as atrocidades cometidas pelos dois, que passam a ser cúmplices.

Outono da Inocência

O conto narra a aventura de um grupo de crianças que ouve falar sobre um corpo próximo aos trilhos de trem e resolve ir ver de perto. O local é distante e requer uma longa caminhada e pernoite no caminho. Durante a jornada, eles passam por situações que jamais poderiam imaginar.

Inverno no Clube

O protagonista é convidado para participar de um clube muito estranho. Os membros se encontram à noite para contar histórias. Ele desconfia que as histórias podem ser reais e que o clube esconde muitos segredos.


Assim como todos os livros do King que li até o momento, esse também choca e, ao mesmo tempo, prende o leitor, que fica intrigado para saber como termina cada conto. Até hoje, nenhum livro dele me decepcionou. Com certeza, vou continuar lendo os seus livros!

Quem me acompanhou na leitura foi o Pipo


5 de jun. de 2024

A BALA QUE ERROU O ALVO - Richard Osman

Série: O Clube do Crime das Quintas-Feiras - #3

Editora: Intrínseca

Ano: 2022

Páginas: 320

ISBN: 9786555605006


Sinopse: É uma quinta-feira como outra qualquer, e as coisas finalmente deveriam estar voltando ao normal. Quando o Clube do Crime das Quintas-Feiras está envolvido, no entanto, os problemas nunca ficam longe por muito tempo. Depois de desafiar a máfia e participar de um roubo de diamantes, o quarteto de detetives septuagenários se debruça sobre um crime cometido uma década antes: o assassinato de uma jornalista local, cuja investigação gera muito mais perguntas do que respostas. Para dificultar a situação, um inimigo misterioso impõe a Elizabeth uma tarefa ingrata: matar um velho conhecido - ou se recusar e acabar morta. Assim, enquanto ela luta com sua consciência, Joyce, Ron e Ibrahim seguem as pistas do homicídio, auxiliados por um círculo de comparsas bem eclético. Entre saídas com celebridades e espiões, visitas à prisão, encontros românticos e novos amigos, o Clube do Crime das Quintas-Feiras se lança em uma aventura repleta de intrigas e comportamentos que facilmente ultrapassam os limites da legalidade. Desta vez, porém, os riscos parecem ainda maiores, assim como os segredos dentro e fora da investigação.


A sinopse resume bem o enredo do livro. Então, não vou entrar em detalhes. O que posso dizer, é que, assim como nos dois livros anteriores, a leitura flui facilmente. Os capítulos são leves. Sentirei falta do Clube do Crime das Quintas-Feiras. São personagens complexos e adoráveis, cada um do seu jeito. Todos estão cheios de histórias para contar e encaram a idade avançada de uma forma divertida. Eles sabem que não tem mais muito tempo de vida e aproveitam cada momento da melhor forma.

Os diálogos são muito engraçados. Na citação abaixo, por exemplo, enquanto todos estão reunidos no apartamento de Joyce, o cachorro começa a latir enlouquecidamente na janela (não vou contar detalhes para não dar spoiler).

"Viktor rola para fora da cadeira, ajoelha-se atrás de um sofá e saca sua arma. (...) Hendrick espera um momento e então cutuca o ombro de Viktor.

- Viktor - chama ele - Você tem que parar com isso. Quem estava tentando matar você era eu. E eu estou aqui.

Viktor pensa por um instante, aceita a observação e coloca a arma de volta..." (pág. 254)

Já falei na resenha do primeiro livro que, quando envelhecer, quero morar em um lugar assim. Gostei muito dos três livros. Recomendo a leitura! Soube que vão lançar mais um! Já estou ansiosa!

 

Essa é a Keké, companhia fiel
 

10 de abr. de 2024

A BOLSA AMARELA - Lygia Bojunga

Editora: Casa Lygia Bojunga

Ano: 2014

Páginas: 140

ISBN: 9788589020039




Sinopse: A BOLSA AMARELA é a história de uma menina que entra em conflito consigo mesma e com a família ao reprimir três grandes vontades (que ela esconde numa bolsa amarela) - a vontade de ser gente grande, a de ter nascido menino e a de se tornar escritora. A partir dessa revelação - por si mesma uma contestação à estrutura familiar tradicional em cujo meio "criança não tem vontade" - essa menina sensível e imaginativa nos conta o seu dia-a-dia, juntando o mundo real da família ao mundo criado por sua imaginação fértil e povoado de amigos secretos e fantasias. Ao mesmo tempo que se sucedem episódios reais e fantásticos, uma aventura espiritual se processa, e a menina segue rumo à sua afirmação como pessoa. A BOLSA AMARELA foi traduzido em vários idiomas e encenado em teatros do Brasil, da Bélgica e da Suécia; recebeu o prêmio "O  MELHOR PARA A CRIANÇA", da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil; foi incluído na LISTA DE HONRA do IBBY (International Board on Books for Young People) e fez parte integrante da obra de Lygia que recebeu o prêmio HANS CHRISTIAN ANDERSEN e o prêmio ALMA (ASTRID LINDGREN MEMORIAL AWARD).


Antes de falar sobre o livro, preciso explicar porque ele é tão importante para mim: Cresci na roça e, desde pequena, tive contato com os animais (sempre adorei, principalmente galos!). Li esse livro quando tinha cerca de dez anos. A filha de uma patroa da minha mãe me emprestou. Lembro que adorei a leitura, principalmente por causa dos galos; mesmo sem entender todas as nuances da história, na época. E hoje tenho dois galos e três galinhas de estimação! Vou apresentar eles para vocês nas próximas postagens.

Esse é o Kikito


Hoje, com 42 anos, tenho uma amiga, uma senhora idosa, que gosta muito de ler. Comecei a retirar livros na biblioteca durante a pandemia, para que ela ficasse em casa. Continuo emprestando livros para ela até hoje. Da última vez em que a visitei, ela me mostrou sua coleção de livros (toda feliz). Fiquei encantada quando vi "A bolsa amarela" e comentei que foi um livro que marcou a minha infância. Ela então me presenteou com o livro. Assim, finalmente, reli “A bolsa amarela” (mais de 30 anos depois da primeira vez), agora com outros olhos.

O livro conta a história de uma menina, Raquel, que tem três grandes vontades: a vontade de ser gente grande, de ter nascido menino e de se tornar escritora. Seus pais e seus irmãos não dão muita atenção a ela e também estão sempre criticando-a. Raquel começa a escrever uma história, que lê para a família. Todos riem dela. Então, ela ganha uma bolsa amarela e resolve guardar todas as suas vontades dentro, para que os adultos não vejam.

Certo dia, o galo da história de Raquel sai de dentro da bolsa amarela e fala com ela. Assim, começam a surgir vários personagens da sua imaginação, que moram dentro da bolsa amarela. A menina passa a conviver com personagens e acontecimentos reais, misturados com os imaginários.

O livro aborda de forma lúdica questões importantes que precisam ser trabalhadas na infância. Acredito que todos que leram “A bolsa amarela” lembraram da sua própria infância. Muitas vezes, não éramos ouvidos pelos adultos, que não nos levavam a sério.

Não tenho o costume de reler livros, mas confesso que foi uma experiência maravilhosa! Acho que vou repetir mais vezes. Que nostalgia ver a capa e reler esse livro! Recomendo a leitura para todas as idades!