16 de jan. de 2019

LONEY - Andrew Michael Hurley

Editora: Intrínseca
Ano: 2016
Páginas: 304
ISBN: 9788580579376


Sinopse: Quando os restos mortais de uma criança são descobertos durante uma tempestade de inverno numa extensão da sombria costa da Inglaterra conhecida como Loney, Smith é obrigado a confrontar acontecimentos terríveis e misteriosos ocorridos quarenta anos antes, quando ainda era criança e visitou o lugar. À época, a mãe de Smith arrastou a família para aquela região numa peregrinação de Páscoa com o padre Bernard, cujo antecessor, Wilfred, morrera pouco tempo antes. Cabia ao jovem sacerdote liderar a comunidade até um antigo santuário, onde a obstinada sra. Smith crê que irá encontrar a cura para o filho mais velho, um garoto mudo e com problemas de aprendizagem. O grupo se instala na Moorings, uma casa fria e antiga, repleta de segredos. O clima é hostil, os moradores do lugar, ameaçadores, e uma aura de mistério cerca os desconhecidos ocupantes de Coldbarrow, uma faixa de terra pouco acessível, diariamente alagada na alta da maré. A vida dos irmãos acaba se entrelaçando à dos excêntricos vizinhos com intensidade e complexidade tão imperativas quanto a fé que os levou ao Loney, e o que acontece a partir daí se torna um fardo que Smith carrega pelo resto da vida, a verdade que ele vai sustentar a qualquer preço. Com personagens ricos e idiossincráticos, um cenário sombrio e a sensação de ameaça constante, Loney é uma leitura perturbadora e impossível de largar, que conquistou crítica e público. Uma história de suspense e horror gótico, ricamente inspirada na criação católica do autor, no folclore e na agressiva paisagem do noroeste inglês. 

Já tinha lido algumas resenhas negativas sobre o livro, mas, mesmo assim, resolvi dar uma chance a ele. Confesso que a ilustração da capa chamou minha atenção (a edição que li é de capa dura, muito agradável de manusear).

O livro foi anunciado como um thriller psicológico. Até tem uma boa dose de suspense, pois algumas passagens são bem sombrias e sinistras. Mas eu classificaria mais como um drama com muita tensão.

Narrado em primeira pessoa por Smith que, depois de adulto, nos conta tudo sobre sua infância. Fala sobre sua mãe neurótica e seu irmão mais velho, que tem uma deficiência mental e é mudo. Todos os anos, a família viajava com o padre e um grupo de religiosos para Loney, em uma espécie de santuário, em busca da cura do irmão. Cabia a Smith cuidar e proteger o irmão problemático.

Na última viagem do grupo ao local, em uma chuva torrencial, todos presenciam acontecimentos estranhos. Alguns até resolvem voltar antes do dia previsto, por medo. Os moradores do local são assustadores e fazem coisas assustadoras. Smith e seu irmão saem para explorar a região e acabam descobrindo coisas assombrosas.

O livro parece ser uma crítica às pessoas fanáticas por sua religião. Faz o leitor questionar-se sobre várias coisas. Tem uma pegada sobrenatural, mas, parece mais com uma ironia sobre a religião.

No final, o leitor fica meio boiando sobre o que exatamente aconteceu. O autor deixa que o leitor imagine o resto. Isso é bem sinistro... pois somos capazes de imaginar cada coisa...

De um modo geral, não gostei da leitura. Achei bem cansativa e, muitas vezes, monótona. O autor foca muito no tema religião e sobre a obsessão de algumas pessoas com a fé. Só indico para quem gosta desse tipo de livro.

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