Ano:
2016
Páginas:
304
ISBN:
9788580579376
Sinopse:
Quando os restos mortais de uma criança são descobertos durante
uma tempestade de inverno numa extensão da sombria costa da
Inglaterra conhecida como Loney, Smith é obrigado a confrontar
acontecimentos terríveis e misteriosos ocorridos quarenta anos
antes, quando ainda era criança e visitou o lugar. À época, a mãe
de Smith arrastou a família para aquela região numa peregrinação
de Páscoa com o padre Bernard, cujo antecessor, Wilfred, morrera
pouco tempo antes. Cabia ao jovem sacerdote liderar a comunidade até
um antigo santuário, onde a obstinada sra. Smith crê que irá
encontrar a cura para o filho mais velho, um garoto mudo e com
problemas de aprendizagem. O grupo se instala na Moorings, uma casa
fria e antiga, repleta de segredos. O clima é hostil, os moradores
do lugar, ameaçadores, e uma aura de mistério cerca os
desconhecidos ocupantes de Coldbarrow, uma faixa de terra pouco
acessível, diariamente alagada na alta da maré. A vida dos irmãos
acaba se entrelaçando à dos excêntricos vizinhos com intensidade e
complexidade tão imperativas quanto a fé que os levou ao Loney, e o
que acontece a partir daí se torna um fardo que Smith carrega pelo
resto da vida, a verdade que ele vai sustentar a qualquer preço. Com
personagens ricos e idiossincráticos, um cenário sombrio e a
sensação de ameaça constante, Loney é uma leitura perturbadora e
impossível de largar, que conquistou crítica e público. Uma
história de suspense e horror gótico, ricamente inspirada na
criação católica do autor, no folclore e na agressiva paisagem do
noroeste inglês.
Já
tinha lido algumas resenhas negativas sobre o livro, mas, mesmo
assim, resolvi dar uma chance a ele. Confesso que a ilustração da
capa chamou minha atenção (a edição que li é de capa dura, muito
agradável de manusear).
O
livro foi anunciado como um thriller psicológico. Até tem
uma boa dose de suspense, pois algumas passagens são bem sombrias e
sinistras. Mas eu classificaria mais como um drama com muita tensão.
Narrado em primeira pessoa por Smith que, depois de adulto, nos conta tudo sobre sua infância. Fala sobre sua mãe neurótica e seu irmão mais velho, que tem uma deficiência mental e é mudo. Todos os anos, a família viajava com o padre e um grupo de religiosos para Loney, em uma espécie de santuário, em busca da cura do irmão. Cabia a Smith cuidar e proteger o irmão problemático.
Na
última viagem do grupo ao local, em uma chuva torrencial, todos
presenciam acontecimentos estranhos. Alguns até resolvem voltar
antes do dia previsto, por medo. Os moradores do local são
assustadores e fazem coisas assustadoras. Smith e seu irmão saem
para explorar a região e acabam descobrindo coisas assombrosas.
O
livro parece ser uma crítica às pessoas fanáticas por sua
religião. Faz o leitor questionar-se sobre várias coisas. Tem uma
pegada sobrenatural, mas, parece mais com uma ironia sobre a
religião.
No
final, o leitor fica meio boiando sobre o que exatamente aconteceu. O
autor deixa que o leitor imagine o resto. Isso é bem sinistro...
pois somos capazes de imaginar cada coisa...
De
um modo geral, não gostei da leitura. Achei bem cansativa e, muitas
vezes, monótona. O autor foca muito no tema religião e sobre a
obsessão de algumas pessoas com a fé. Só indico para quem gosta
desse tipo de livro.
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