30 de jan. de 2019

A MENINA QUE BRINCAVA COM FOGO - Stieg Larsson

Série: Millennium – Livro 2
Editora: Companhia das Letras
Ano: 2009
Páginas: 611
ISBN: 9788535914221

stieg larsson

Sinopse: Nada é o que parece ser nas histórias de Larsson. A própria Lisbeth parece uma garota frágil, mas é uma mulher determinada, ardilosa, perita tanto nas artimanhas da ciberpirataria quanto nas táticas do pugilismo, que sabe atacar com precisão quando se vê acuada. Mikael Blomkvist pode parecer apenas um jornalista em busca de um furo, mas no fundo é um investigador obstinado em desenterrar os crimes obscuros da sociedade sueca, sejam os cometidos por repórteres sensacionalistas, sejam os praticados por magistrados corruptos ou ainda aqueles perpetrados por lobos em pele de cordeiro. Um destes, o tutor de Lisbeth, foi morto a tiros. Na mesma noite, contudo, dois cordeiros também foram assassinados: um jornalista e uma criminologista que estavam prestes a denunciar uma rede de tráfico de mulheres. A arma usada nos crimes - um Colt 45 Magnum - não só foi a mesma como nela foram encontradas as impressões digitais de Lisbeth. Procurada por triplo homicídio, a moça desaparece. Mikael sabe que ela apenas está esperando o momento certo para provar que não é culpada e fazer justiça a seu modo. Mas ele também sabe que precisa encontrá-la o mais rapidamente possível, pois mesmo uma jovem tão talentosa pode deparar-se com inimigos muito mais formidáveis - e que, se a polícia ou os bandidos a acharem primeiro, o resultado pode ser funesto, para ambos os lados.

Não há inocentes. Apenas diferentes graus de responsabilidade.


Não li o primeiro livro da série, mas fiquei muito interessada após assistir ao filme. Optei por iniciar minha leitura no segundo livro. Foi preciso criar coragem para ler o calhamaço de mais de 600 páginas!

A narrativa começa com a hacker Lisbeth Salander voltando para a Suécia, depois de passar um ano fora. Ela viajou para esquecer Mikael, o editor da revista Millennium, por quem apaixonou-se. Conhecemos um pouco sobre suas aventuras em outros países. Lisbeth está rica por causa do dinheiro que desviou no livro anterior, com seus truques de informática. Nossa heroína aproveita para trocar de endereço, comprando um apartamento enorme. Também compra um carro, móveis, roupas e equipamentos de informática mais modernos. Tudo na maior descrição, mantendo sua identidade escondida.

Lisbeth decide fazer uma visitinha ao seu tutor legal, Bjurman (aquele em quem ela fez uma tatuagem superdiscreta, depois que ele a violentou). Ela o está chantageando com o vídeo do estupro. Lisbeth reforça suas ameaças para garantir que ele continue andando na linha. Talvez esse tenha sido o maior erro de Lisbeth. Após a visita da garota, Bjurman decide mandar matá-la e recuperar o vídeo incriminador.

A partir daí, os problemas de Lisbeth começam. Um casal, que estava investigando o tráfico de mulheres, é assassinado. A arma do crime possui as digitais de Lisbeth. Um pouco depois, Bjurman também é encontrado morto, pela mesma arma. Lisbeth passa a ser a principal suspeita dos três homicídios.

Além de esconder-se da polícia e provar sua inocência, Lisbeth também precisa fugir dos bandidos, que estão querendo matá-la. Como se não bastasse tudo isso, nossa heroína precisa agir rápido, pois, sem querer, está colocando a vida das pessoas que ama em perigo. Mikael é o único que acredita na garota e faz de tudo para encontrar Lisbeth e ajudá-la a provar sua inocência. Ele sabe que ela enfrentará qualquer risco para fazer justiça.

Lisbeth Salander era a mulher que odiava os homens que não gostavam de mulheres” (pág. 560).

Apesar de ser muito marrenta, gostei de Lisbeth. Ela tem bons motivos para ser do jeito que é e agir da forma que age. O livro explica as circunstâncias que a deixaram assim. Ela é justa e leal com seus amigos e odeia os homens que maltratam as mulheres.

Durante a leitura, surgem várias questões: Se Lisbeth é inocente, qual a relação com os assassinatos? Qual a relação com o tráfico de mulheres? Se Bjurman está morto, quem está querendo matar Lisbeth?

No início, a leitura demorou um pouco para “engrenar”, são muitos personagens e muitos nomes complicados. Mas, assim que começou a fluir, não consegui mais largar o livro! A história prende, envolve de um jeito que você fica ansioso para saber o que vai acontecer em seguida.

Em um final alucinante e tenso, todas as perguntas são respondidas. O autor deixa um ótimo gancho para a continuação. Fiquei aflita para ler o próximo livro! Também quero assistir ao filme.

23 de jan. de 2019

5º CAVALEIRO - James Patterson e Maxine Paetro

Série: Clube das Mulheres contra o Crime – Livro 5
Editora: Arqueiro
Ano: 2011
Páginas: 213
ISBN: 9788580410341


james patterson

Sinopse: Quando a tenente Lindsay Boxer fica sabendo que 20 pacientes prestes a receber alta morreram de forma suspeita no conceituado Hospital Municipal de São Francisco, ela desconfia de que há algo errado. Será mera coincidência? Ou alguém anda tirando a vida de inocentes? Inconformados, os familiares das vítimas resolvem processar o hospital por negligência médica. Enquanto a cidade se prepara para um dos mais aguardados julgamentos de sua história, Lindsay e suas amigas do Clube das Mulheres contra o Crime têm um motivo pessoal para investigar o caso. A nova integrante do grupo, Yuki Castellano, teme que sua mãe, internada na UTI do centro médico, não saia de lá com vida. Numa corrida contra o tempo, Lindsay e Yuki percebem que não são bem-vindas pela diretoria do hospital, que pode estar tentando salvar sua própria reputação.


Um assassino brinca de Deus. Não há tempo a perder.

Mais uma vez, a tenente Lindsay e suas as amigas do Clube das Mulheres contra o Crime estão envolvidas em investigações de assassinatos.

Dois casos assombrosos, de aparentes serial killers, estão se desenrolando ao mesmo tempo. No primeiro caso, mulheres estão sendo assassinadas e deixadas em carros de luxo, vestidas com roupas de grife. No segundo caso, pessoas estão morrendo de forma misteriosa no Hospital Municipal. O que, a princípio, pareceram erros médicos, podem não ser.

Será que os dois casos estão ligados? Ou será que são serial killers diferentes, que nem se conhecem?

Inicialmente, a tenente Lindsay é chamada para investigar as mortes das garotas nos carros. A advogada Yuki, depois de perder sua mãe no Hospital Municipal, passa a investigá-lo. Logo, Lindsay também começa a investigar as mortes no hospital. As suspeitas pairam sobre um médico arrogante, que, aparentemente, não está preocupado com seus pacientes. Será que o médico está matando seus pacientes?

O hospital está sendo processado pelos familiares de vinte pacientes que morreram de forma misteriosa. Quem está à frente do processo é a advogada Maureen O'Mara, famosa por ganhar causas difíceis.

A tenente Lindsay precisa correr contra o tempo para solucionar os dois casos e prender o assassino (ou os assassinos), para evitar a morte de mais pessoas inocentes. No final, acontece uma reviravolta bem interessante.

O livro é bom, mas não deixou-me muito empolgada. Tem suspense, ação, drama, mas, tenho a impressão de que faltou alguma coisa, não sei dizer o que exatamente. Mas recomendo a leitura para quem gosta da série Clube das Mulheres contra o Crime. Provavelmente, vou ler os próximos...


16 de jan. de 2019

LONEY - Andrew Michael Hurley

Editora: Intrínseca
Ano: 2016
Páginas: 304
ISBN: 9788580579376


Sinopse: Quando os restos mortais de uma criança são descobertos durante uma tempestade de inverno numa extensão da sombria costa da Inglaterra conhecida como Loney, Smith é obrigado a confrontar acontecimentos terríveis e misteriosos ocorridos quarenta anos antes, quando ainda era criança e visitou o lugar. À época, a mãe de Smith arrastou a família para aquela região numa peregrinação de Páscoa com o padre Bernard, cujo antecessor, Wilfred, morrera pouco tempo antes. Cabia ao jovem sacerdote liderar a comunidade até um antigo santuário, onde a obstinada sra. Smith crê que irá encontrar a cura para o filho mais velho, um garoto mudo e com problemas de aprendizagem. O grupo se instala na Moorings, uma casa fria e antiga, repleta de segredos. O clima é hostil, os moradores do lugar, ameaçadores, e uma aura de mistério cerca os desconhecidos ocupantes de Coldbarrow, uma faixa de terra pouco acessível, diariamente alagada na alta da maré. A vida dos irmãos acaba se entrelaçando à dos excêntricos vizinhos com intensidade e complexidade tão imperativas quanto a fé que os levou ao Loney, e o que acontece a partir daí se torna um fardo que Smith carrega pelo resto da vida, a verdade que ele vai sustentar a qualquer preço. Com personagens ricos e idiossincráticos, um cenário sombrio e a sensação de ameaça constante, Loney é uma leitura perturbadora e impossível de largar, que conquistou crítica e público. Uma história de suspense e horror gótico, ricamente inspirada na criação católica do autor, no folclore e na agressiva paisagem do noroeste inglês. 

Já tinha lido algumas resenhas negativas sobre o livro, mas, mesmo assim, resolvi dar uma chance a ele. Confesso que a ilustração da capa chamou minha atenção (a edição que li é de capa dura, muito agradável de manusear).

O livro foi anunciado como um thriller psicológico. Até tem uma boa dose de suspense, pois algumas passagens são bem sombrias e sinistras. Mas eu classificaria mais como um drama com muita tensão.

Narrado em primeira pessoa por Smith que, depois de adulto, nos conta tudo sobre sua infância. Fala sobre sua mãe neurótica e seu irmão mais velho, que tem uma deficiência mental e é mudo. Todos os anos, a família viajava com o padre e um grupo de religiosos para Loney, em uma espécie de santuário, em busca da cura do irmão. Cabia a Smith cuidar e proteger o irmão problemático.

Na última viagem do grupo ao local, em uma chuva torrencial, todos presenciam acontecimentos estranhos. Alguns até resolvem voltar antes do dia previsto, por medo. Os moradores do local são assustadores e fazem coisas assustadoras. Smith e seu irmão saem para explorar a região e acabam descobrindo coisas assombrosas.

O livro parece ser uma crítica às pessoas fanáticas por sua religião. Faz o leitor questionar-se sobre várias coisas. Tem uma pegada sobrenatural, mas, parece mais com uma ironia sobre a religião.

No final, o leitor fica meio boiando sobre o que exatamente aconteceu. O autor deixa que o leitor imagine o resto. Isso é bem sinistro... pois somos capazes de imaginar cada coisa...

De um modo geral, não gostei da leitura. Achei bem cansativa e, muitas vezes, monótona. O autor foca muito no tema religião e sobre a obsessão de algumas pessoas com a fé. Só indico para quem gosta desse tipo de livro.

9 de jan. de 2019

REFÚGIO - Harlan Coben

Série: Mickey Bolitar – Livro 1
Editora: Arqueiro
Ano: 2012
Páginas: 224
ISBN: 9788580410723

harlan coben


Sinopse: Apresentado ao público pela primeira vez no suspense Alta tensão, Mickey Bolitar se vê obrigado a ir morar com seu tio Myron, um ex-agente do FBI, após testemunhar a morte do pai e internar a própria mãe numa clínica de reabilitação. Agora o rapaz precisa se esforçar para conviver com o tio, de quem nunca gostou muito, e ainda se adaptar ao novo colégio. Para sua sorte, ele logo arruma uma namorada, a doce Ashley, que também é nova na escola. Quando sua vida parece estar entrando nos eixos, o destino lhe reserva uma surpresa: Ashley desaparece misteriosamente. Determinado a não perder mais uma pessoa importante em sua vida, Mickey contará com a ajuda de seus novos amigos, os excêntricos Ema e Colherada, para seguir o rastro da namorada. Para piorar, uma idosa reclusa da vizinhança lhe conta que seu pai ainda está vivo, sem dar maiores explicações. Quando esses dois mistérios se cruzam, Mickey descobre que está envolvido numa rede de intrigas que o levará a questionar a vida que acreditava ter. Perspicaz e esperto como o tio Myron, Mickey está disposto a fazer tudo o que for preciso para salvar as pessoas que ama.


Refúgio é narrado em primeira pessoa por Mickey Bolitar, sobrinho de Myron Bolitar, personagem de vários livros de Coben. Este é o primeiro livro da série Mickey Bolitar.

Após a morte do pai em um acidente de carro, Mickey vai morar com seu tio Myron. Mickey é um adolescente de 14 anos que se mete em encrencas de adultos. A aventura começa quando sua namorada, Ashley, desaparece misteriosamente. Novo na escola, o garoto fica amigo de Ema e Colherada, duas figurinhas esquisitas, mas gente boa. Os novos amigos ajudam Mickey na busca de pistas sobre o paradeiro de Ashley.

Como se não bastasse o sumiço da namorada, uma estranha senhora, conhecida como Dona Morcega, diz a Mickey que seu pai está vivo. Mais um mistério para investigar. Será que Dona Morcega sabe alguma coisa sobre Ashley? O que ela sabe sobre o pai de Mickey? Os fatos estão relacionados de alguma forma?

As revelações finais são bem chocantes, o leitor não consegue descobrir qual a relação entre os acontecimentos até o momento da revelação. Os principais mistérios da trama são resolvidos, mas, no final do livro, surgem outras perguntas, que são um gancho para o próximo livro.

Gostei do livro. O mistério e a ação são bons, mas, por ter protagonistas adolescentes, ainda não decidi se vou ler os próximos livros da série. Gosto mais quando os protagonistas são adultos. Acho que essa série é mais indicada para adolescentes. Indico a leitura!

2 de jan. de 2019

FECHE BEM OS OLHOS - John Verdon

Série: Dave Gurney – Livro 2
Editora: Arqueiro
Ano: 2012
Páginas: 432
ISBN: 9788580410730




Sinopse: David Gurney sempre foi viciado em resolver enigmas. Mesmo dois anos depois de ter trocado a carreira policial pela pacata vida no campo, sua mente investigativa não consegue resistir a uma boa charada. Foi assim com o caso do Assassino dos Números, um ano antes. Agora, a história se repete quando ele é convidado para trabalhar como consultor e ajudar a polícia a desvendar um instigante homicídio. Jillian Perry, uma jovem de 19 anos, foi morta de maneira brutal no dia do próprio casamento. Todas as pistas apontam para um misterioso jardineiro, só que nada mais na história se encaixa: o motivo, o lugar onde a arma do crime foi deixada e, principalmente, o modus operandi. A princípio, David reluta em aceitar o convite, preocupado em preservar seu casamento, já que sua esposa, Madeleine, é totalmente avessa ao seu envolvimento em qualquer assunto policial. Porém, recusar-se a participar da investigação seria ir contra sua essência e David acaba se convencendo de que não conseguirá dormir em paz enquanto o criminoso estiver à solta. Quando começa a entrevistar parentes e conhecidos de Jillian e a avançar no caso, fica claro que o assassino é não só mais inteligente e implacável do que ele esperava, como também destemido o suficiente para atacar seu ponto fraco. David terá que pensar além das evidências para desvendar o quebra-cabeça mais sinistro com que já se deparou.


Este é o primeiro livro do autor que leio. É a continuação da série que inicia com Eu sei o que você está pensando. Ainda não li o primeiro, mas tenho curiosidade. Como o livro nunca está disponível na biblioteca, resolvi começar pelo segundo.

A narrativa mostra como o detetive aposentado David Gurney pensa e formula suas hipóteses sobre os casos que investiga. Realmente, ele é muito inteligente para resolver enigmas, mas foi facilmente enganado por seus inimigos, em algumas situações. David é muito bom em descobrir o que aconteceu, em formular teorias, mas na hora da prática, não é tão sagaz.

Há quatro meses, Jillian foi decapitada em sua festa de casamento. O crime ocorreu em um chalé que ficava na propriedade do noivo, local da festa, e nenhum convidado viu quando aconteceu. Aparentemente, o suspeito desapareceu sem deixar pistas e a polícia não chegou a lugar nenhum com a investigação. A mãe da noiva morta contrata Gurney para investigar e descobrir o paradeiro do assassino. Ao iniciar a investigação, o detetive percebe que o caso não tem nada de simples... e nada faz sentido.

Além de Jillian, outras pessoas são assassinadas da mesma forma. David desconfia que se trata de um serial killer.

O final é bom, com reviravoltas chocantes. Desconfiei do assassino, mas não consegui descobrir como ele fez tudo, foi bem mirabolante. No final, David descobre que o assassino está ligado a algo bem maior, que envolve outras pessoas poderosas. Gostei do livro e recomendo a leitura. Quando puder, vou ler o primeiro livro da série também.