O SOM DO AMOR - Jojo Moyes

Editora: Intrínseca

Ano: 2016

Páginas: 304

ISBN: 9788551000663

Sinopse: Matt e Laura McCarthy são obcecados pela ideia de herdar a Casa Espanhola — uma construção malcuidada e quase em ruínas no condado de Norfolk, interior da Inglaterra, que tem um valor simbólico para os moradores locais. Para atingir esse objetivo, Laura, a mando do marido, faz todas as vontades do velho Sr. Pottisworth, o proprietário. Entretanto, como o homem nunca deixou nada por escrito, quem acaba por herdar a casa é uma parente distante, Isabel Delancey. Primeiro violino na Orquestra Sinfônica Municipal, em Londres, Isabel tinha uma vida tranquila com seus dois filhos e o marido, mas tudo virou de cabeça para baixo quando ele morreu em um acidente de carro e deixou uma grande dívida. Sua única oportunidade de recomeço é fincar moradia na Casa Espanhola — algo que o casal McCarthy vai tentar impedir a qualquer custo. 

A vida de Isabel era perfeita: tinha uma casa linda, uma vida confortável e uma carreira como violinista. Sempre foi mimada pelo marido, que a incentivava a tocar. Quem cuidava da casa e dos filhos era a babá. Isabel nunca precisou se preocupar com nada. Com a morte do marido, tudo muda.

Isabel é muito alienada! Será que, na vida real, existem mulheres tão alienadas? Casada, mãe de dois filhos e não sabe o que se passa na sua casa, com seu marido e com as finanças. Tudo bem que ela se dedica à música, mas isso não justifica largar todo o resto! Tem uma babá e nem toma conhecimento do que se passa em sua família. Muitas mulheres têm uma profissão e nem por isso negligenciam os filhos e todo o resto. Confesso que não consegui simpatizar com a protagonista.

Após a morte do marido, Isabel descobre que está falida. Nunca se preocupou com as finanças da família, pois era o marido quem tomava conta de tudo. A opção mais lógica, para pagar as dívidas e não perder a casa, seria vender seu violino caríssimo. Mas não, ao invés de vender o violino, o que ela faz? Vende a casa e vai morar com os filhos em uma casa, caindo aos pedaços, no fim do mundo, que acabou de herdar de um tio que faleceu.

Percebemos de cara que a filha de 15 anos tem muito mais juízo que a mãe. Foi a única personagem com quem simpatizei. Kitty é prática e realista, enquanto a mãe não tem ânimo para nada. Isabel se comporta como se só ela estivesse sofrendo com a morte do marido. Como pode ser tão egoísta e apática? O filho mais novo, Thierry, ainda está em estado de choque, parou de falar. Kitty foi obrigada a amadurecer para tomar conta de tudo.

Quando a família chega com a mudança na Casa Espanhola, ficam todos desanimados ao ver o estado da casa. A condição é lastimável e nada funciona. Como se não bastassem todos os problemas da casa, a família ainda precisa conviver com os vizinhos invejosos. Matt e Laura cuidavam do vizinho idoso, pensando que herdariam a propriedade, mas isso não aconteceu. Como ele não fez testamento, a herança foi para o parente mais próximo: Isabel. Matt ficou obcecado pela casa e está disposto a tudo para consegui-la. Ele se aproxima de Isabel, fingindo amizade e oferecendo seus serviços para restaurar a Casa Espanhola (tudo por um preço superfaturado). Não demora muito para Isabel perceber que não tem dinheiro suficiente para todas as melhorias que a casa precisa.

Além de Kitty, outro personagem que me cativou foi Byron. É um cara simples e de bom caráter. Achei o final um pouco forçado, porque acontece uma coisa exatamente em um determinado momento. Mas, de um modo geral, foi bem interessante até.

Este não é o meu livro preferido da Jojo, mas indico a leitura para quem gosta do gênero.