Ano: 2014
Páginas: 80
ISBN: 9788582175194
Sinopse: A Narradora se desespera; ‘O que você, Caroline, gosta no fato de ter filhos?
’, ‘Gosto da facilidade de se amar os filhos’. Gosto da facilidade de se
compreender este texto. Gosto da tradução da Risa. Da poesia da Jennifer. Do
ritmo alucinado de sua calma. Batidas à porta. Mais portas. Menos janelas. Mais
saídas reais. Apareça lá em casa. Mesmo. Traga seu pijama. Eu acendo a lareira.
Eu não tenho lareira. Mas acendo. Também trago no peito as marcas das minhas
listas impossíveis. Também preciso parar. Abrir a porta. Pois trago no peito a
memória de nossa humanidade possível. Apareça. Agora estou menos enlouquecida.
Agora estou aqui, de verdade.
Olá,
pessoal! Hoje trago a resenha de um livro bem diferente. É um monólogo que
conta a sua história em forma de poesia.
A
história é narrada por uma mulher cujo nome não é citado. A narradora sem
nome é uma dona de casa, casada e mãe de três filhos.
Já no
início da leitura, percebemos que a narradora é uma mulher meio deprimida que,
em muitos momentos, parece arrependida das escolhas que fez: casar, ter filhos,
morar no campo. Está cansada das tarefas diárias repetitivas.
Conforme
a narradora vai listando as tarefas do dia a dia, é impossível que as donas de
casa, mães de família, não se identifiquem com ela. Até eu, que não sou mãe de
família, vejo muitas das tarefas que faço presentes na lista dela. Acho que
isso faz com que as mulheres se solidarizem com a protagonista, por vivenciarem
todos os dias as mesmas situações. Muitas mulheres devem sentir esse mesmo
cansaço às vezes.
No início,
também senti certa empatia pela narradora, mas depois, passei a acha-la muito
melancólica e insatisfeita. Ela, que é toda metódica, fica incomodada com
a vizinha Caroline, que é uma pessoa mais relaxada, mais tranquila e está feliz
com sua vida de dona de casa e seus quatro filhos. Pensei com meus botões:
"se ela está tão infeliz, por que não toma uma atitude para mudar sua
vida?" Começando por mudar de casa, já que não gosta do lugar em que mora.
Ela poderia arranjar um emprego de meio turno e deixar os filhos com uma babá
ou em uma creche. Penso que, antes de casar e ter filhos, a mulher deve estar
ciente de que nem tudo são flores.
O que
descobrimos depois, é que a narradora carrega uma culpa muito grande. Ficamos
chocados quando ela revela o motivo dessa culpa. A obra pode ser definida como
um soco no estômago para nos fazer acordar. Nos fazer refletir sobre como,
muitas vezes, estamos ocupados demais para prestar atenção aos detalhes e
acabamos negligenciando as pessoas que estão em nossa volta, principalmente as
pessoas que amamos.
A capa do
livro é linda! As folhas são de alta qualidade (e a capa é dura). É o primeiro
livro de uma trilogia de poesias. É um livro curtinho, rápido de ler, mas as
palavras são profundas, você vai lembrar delas por muito tempo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente e faça uma blogueira sonhadora feliz!